O Chip que Mudou o Mundo

O microprocessador Intel 4004 estabeleceu as bases para a computação – e tocou todas as vidas do planeta.

Elizabeth Jones
Historiador da Intel Corporation

“Você nem sempre terá uma calculadora no bolso, dê um jeito”.

Essa frase só faz sentido para quem nasceu até meados da década de 1970, época em que uma calculadora de bolso só existia na ficção. Já em 2021, é cada vez mais raro ouvi-la, mesmo em uma sala de aula. Atualmente, a maioria das pessoas carrega uma calculadora no bolso. Além de um telefone, uma câmera, um tocador MP4, um sistema de mapeamento em tempo real… A lista é longa.

Muitos de nós nem dão valor a todas essas ferramentas. Mas nada disso seria possível se não fosse pelo Intel® 4004 – primeiro microprocessador disponível comercialmente – e a evolução tecnológica desencadeada pelo seu lançamento.

Hoje, os microprocessadores garantem a distribuição de energia mesmo em situações climáticas extremas, diminuindo o risco de apagões e mantendo os sistemas de calefação. Do tamanho de uma simples mochila, são capazes de gerenciar a inteligência artificial que ajuda deficientes visuais a desbravar o mundo, evitar obstáculos e atravessar ruas em segurança. Também são capazes de transformar expressões faciais em comandos para cadeiras de rodas em tempo real, proporcionando autonomia apesar das limitações físicas.

E tudo começou com uma simples calculadora. Em 1969, a fabricante japonesa Nippon Calculating Machine Corp. procurou a Intel para desenvolver um conjunto de circuitos integrados para sua nova calculadora, a Busicom 141-PF. Os planos originais citam 12 processadores sob medida, mas os funcionários da Intel “Ted” Hoff, Stan Mazor e Federico Faggin adaptaram o projeto para um conjunto de apenas 4 processadores, incluindo a CPU 4004. A novidade foi apresentada oficialmente em novembro de 1971.

Antes do microprocessador 4004, que era do tamanho de uma unha, a única forma de alcançar um poder de processamento semelhante era por meio de computadores que ocupavam salas inteiras. Uma opção pouco prática, não é mesmo?

“A história toda é sobre encolher as coisas”, explica Genevieve Bell, senior fellow na Intel. “À medida que encolhem, você aumenta o potencial dos espaços a serem acessados”.

O 4004 foi apenas o começo – um começo lento. Depois que os engenheiros da Intel mostraram as diferentes formas de uso da CPU, os desenvolvedores trataram de construir seu legado. Cada um teve um papel importante na redução do tamanho do processador e na melhoria exponencial da capacidade de processamento. “O 4004 foi tão revolucionário que foram necessários quase cinco anos para que a Intel ensinasse aos seus engenheiros como construir novos produtos baseados em microprocessadores”, explica Mazor, coinventor do 4004. “Acabou sendo uma empreitada de grande sucesso para a Intel. O resto é história”.

Chamar de “grande sucesso” é pouco.

Em 2021, o microprocessador faz parte da maioria dos aspectos da vida diária de pessoas do mundo todo. Notebooks. Smartphones. Computadores para jogos. Dispositivos inteligentes conectados. Graças à tecnologia de microprocessadores, que surgiu com a chegada do Intel 4004, permanecemos conectados aos nossos amigos, familiares e colegas de trabalho durante a pandemia, derrubamos barreiras geográficas e ainda encontramos opções de lazer.

E tem mais. Um exemplo é a própria pandemia de COVID-19.

A Intel trabalhou lado a lado com o Conselho de Pesquisa Científica e Industrial da Índia e o Instituto Internacional de Tecnologia da Informação em Hyderabad no desenvolvimento de testes de coronavírus mais rápidos e acessíveis. A tecnologia também ajudou no sequenciamento do genoma do coronavírus, ajudando a compreensão do ponto de vista epidemiológico. Além disso, a Intel colaborou com a Associação Nacional de Empresas de Software e Serviços da Índia na construção de um ecossistema de aplicativos e back end multi-cloud para permitir diagnósticos de COVID-19 em escala. Assim, os cientistas puderam prever focos e melhorar o gerenciamento e a administração de cuidados médicos.

Todas essas maravilhas? Sim, você adivinhou: Está tudo baseado na tecnologia de microprocessadores que se adapta a cada nova necessidade.

“O rumo do progresso nem sempre foi claro”, explica Faggin. “A possibilidade de usar um microprocessador de altíssima capacidade em um aparelho auditivo, por exemplo, não era tão óbvia assim lá em 1971”. Mas hoje tudo mudou.

Se o 4004 abriu as portas da era da computação moderna por meio do desenvolvimento e produção da primeira CPU comercialmente disponível para uma calculadora de mesa, os mais recentes processadores Intel® Core™ de 12ª geração e processadores escaláveis Intel® Xeon® de 3ª geração oferecem arquiteturas que garantem o seu entretenimento, trabalho, inteligência artificial, computação na nuvem, comunicações 5G e capacidades na borda. Eles otimizam o processamento e chegam como silício, capazes de executar aplicativos em seu computador de mesa, notebook, nuvem, borda ou bolso.

Hoje, carregamos muito mais do que uma calculadora no bolso – graças ao Intel 4004.

Elizabeth Jones é historiadora na Intel Corporation.

O conteúdo desta página é uma combinação de tradução humana e por computador do conteúdo original em inglês. Este conteúdo é fornecido para sua conveniência e apenas para informação geral, e não deve ser considerado completo ou exato. Se houver alguma contradição entre a versão em inglês desta página e a tradução, a versão em inglês prevalecerá e será a determinante. Exibir a versão em inglês desta página.